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R.I.P.: Chris Squire (Yes)

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À medida que a nossa permanência nesta terra vai se estendendo - e obviamente é bom que se estenda ao máximo - percebemos um fato que não nos sensibilizava antes (pois eram mais raros, uma vez que todos jovens): a partida de parentes, amigos, conhecidos e ídolos da nossa juventude. Cada vez mais. Ninguém fica para semente. Mas, aos 56 anos, sinto que parecem aumentar a cada ano essas perdas. Sobretudo porque, muito ligado às artes, sobretudo música, tenho (ou tinha) dezenas de grandes músicos que considero (ou considerava) como amigos, mesmo que nem os conhecesse pessoalmente. Fato reforçado pelo fato de ter publicado por cinco anos, de 1995 a 2000, um jornal dedicado à música, em particular ao Rock Progressivo. Clássico CD solo do baixista Hoje mais um veio se juntar ao timaço que deixou o planeta, a meu ver ainda precocemente, mesmo aos 67 anos: o baixista e mentor maior do supergrupo inglês Yes, Chris Squire. Uma das maiores bandas de Rock de todos os tempos, o Yes ...

Paixão, tesão, amor e música... lá nos tempos da nossa linda juventude

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Quando tenho tempo livre para conversar comigo mesmo costumo ter uns insights de temas sobre os quais gostaria de escrever. Aquela coisa intuitiva, 'sinalização automática', que todos temos em determinados momentos, em maior ou menor grau. Quando isso acontece, os textos costumam vir prontos, instantaneamente, e aí é só sentar na frente do notebook e começar a digitar. Não que os tenha previamente na mente de forma consciente (que sequencia, hein?!), mas estão lá, pois escrevo de uma tacada só, sem acertos ou inserções posteriores. Com essa descrição alguns poderão dizer que trata-se de de "psicografia". Bem, nunca tive sinais de que seja um médium, ainda mais tomando como base meus textos sofríveis. Escritores pós-vida procurariam gente melhor, com certeza. É um prazer escrever assim, mas - como afirmei no início - tenho que ter tempo livre e isso tem me incomodado pois... cadê as minha horas diárias de reflexão e paz? Estão sendo consumidas em trabalho, desloc...

Pegando Fogo

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Não, o título do post não se refere àquela música do Deep Purple dos anos 1970. Também não é sobre um ânimo extra nas condições afrodisíacas da perfomance sexual nossa de cada dia. Ou de cada semana. Ou de cada mês. Êpa! Tá piorando. Melhor parar 'por aqui' (com cacófato bem encaixado no tema). Se fosse sobre um desses fatos, não seria nada mal, convenhamos. Vão dizer que não, sobretudo no segundo item? Então vamos lá. Vejo cada vez menos programas de TV. Vejo TV sim, mas filmes, séries, documentários e musicais. Quando dá tempo. Na última quarta-feira abri uma exceção e vi o programa "Saia Justa" no canal GNT (indicação de minha esposa). Esse programa já teve dias piores. O quarteto feminino que está lá atualmente é legal. Elas tocaram em um tema que eu já conhecia, mas não com muito detalhes. Chama-se Síndrome de Burnout. Consultei o Dr. Wikipedia que gentilmente me atendeu e informou: "A síndrome de Burnout (do inglês to burn out , queimar por completo...

Eternamente Jovem?

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Para muitas coisas, ao longo desta não tão longa vida, tenho buscado encontrar respostas. Algumas merecem o tempo perdido ou "achado", outras nem tanto. Nunca saberei. Como dizia o Raul (Seixas), "duas coisas me preocupam na vida: a verdade do universo e a prestação que vai vencer". Citaria diversas aqui (questões existenciais), mas teria que dar um mínimo de explicação sobre cada uma delas. Não tenho tempo. Então vou falar apenas sobre uma. Sim é ele: o tempo. Nem isso. Só vou postar aqui dois videos da mesma música gravados em épocas diferentes pelos mesmos protagonistas (no caso apenas o cantor e um dos tecladistas). A canção fala por si, no entanto o hiato de tempo em que foram registrados talvez mostrem em suas entrelinhas e nos rostos dos dois, mais respostas que a própria música. Mas tem que "filosofar" para entender e se emocionar sobre o que significa a passagem do tempo, de não sermos eternos, muito menos jovens para sempre. A banda a...

Rumores e Boatos: a confusa (e incrível) história da gravação de um dos melhores discos da história da música Pop

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  Casamentos, relações, rompimentos, problemas, música. A arte imita a vida. A vida imita a arte. Existem muitas histórias inusitadas envolvendo a produção musical dos últimos 50 anos. Uma das mais incríveis foi a da gravação do disco "Rumours" do grupo anglo-americano Fleetwood Mac, lançado em 1977. Esta banda existia desde fins dos anos 1960 e passou por diversas mudanças de formação e estilo. Só as histórias de como essas mudanças ocorreram já daria um longo e ótimo artigo - o que mostra a tendência da banda para tudo o que era fora do rotineiro -  mas vamos nos centrar agora apenas no citado disco. A história da gravação do álbum ganhou notoriedade e atravessou décadas por um motivo especial: é considerado pelos críticos um dos melhores discos da história do Pop/Rock, sendo incluído em qualquer lista de "Discoteca Básica". Além disso, o LP vendeu mais de 40 milhões de cópias(!) e colocou, no mínimo, quatro músicas nos Top Charts dos EUA e Reino Unido, fato...

Curta-Metragem - Lila, sua arte e imaginação: corrigindo as pequenas coisas do nosso dia a dia

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Interessante e belíssimo curta-metragem. Lila, através dos seus desenhos e pinturas (poderia ser fotografia ou escrita), constrói um novo mundo, ou melhor, corrige o que vê em seu dia a dia. Cria alternativas positivas usando sua imaginação e seu dom. Sensível produção do argentino Carlos Lascano (42 anos), com a jovem atriz Alma Garcia e música da francesa Sandy Lavallart. Vale a pena "perder tempo" assistindo os 9 minutos de duração do filme.

Loucos nossos de cada dia

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A famosa frase do "profeta" Sempre tenho muitas pendências à resolver (mas quem não tem?) e as manhãs de sábado eu costumo reservar para - entre outras coisas - ir ao comércio que costuma fechar as portas por volta das 13 horas. Mas o dia amanheceu 'outonalmente' fechado com uma chuva fina e leve queda na temperatura. Resolvi então ir ao barbeiro cortar o cabelo. Poderia dizer "cabeleireiro", mais chique, mas eu vou é no barbeiro mesmo, o Ricardo, estabelecido umas três ou quatro quadras de minha casa. Dispensei o carro pois a chuvinha tinha dado uma trégua e, no caminho, me deparei com um daqueles loucos inofensivos, fechado em seu mundo próprio. Caminhava segurando um pequeno rádio de pilha que nem sei se funcionava e uma antiga revista. Falava algo que não consegui entender. Sorria. Eu fui pensando nele. Sobre o que é realidade, normalidade, loucura. Quem hoje pode ser considerado "normal" ou que é a realidade? Referências existenciais ...