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Mostrando postagens de maio, 2016

Aconteceu em um verão

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Não sei se narrei aqui - com os devidos detalhes emocionais - o reencontro de minha turma da antiga Escola Técnica, 37 anos depois. Seria um longo texto e acho que ainda devo isso a mim. E aos queridos amigos daqueles saudosos tempos. Mas ainda não será desta vez. Depois do reencontro não perdemos mais o contato e temos realizados até mesmo pequenas viagens juntos. Em um desses bate-papos de lembranças, foi citada uma festa de despedida que fizemos na praia, na casa de um professor. Em um verão de fins dos anos 1970. Éramos tão jovens (isso é título de livro, acho). Essa recordação me levou a outra, de um filme que se passa em 1942, em um verão. E eu sabia que havia escrito algo a respeito e provavelmente registrado no blog do amigo Luiz Felipe Muniz . Estava certo. Foi em 2010 e eu consegui achar o pequeno artigo que reproduzo a seguir. Para nostálgicos, admiradores de delicadezas e românticos em geral. O filme, não o meu sofrível texto. Houve uma vez, um verão Na década de

Morre o mestre musical Isao Tomita

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Fiquei sabendo hoje da morte do músico japonês Isao Tomita. Ele partiu para suas outras esferas cósmicas na quinta-feira, dia 5, mas só ontem foi divulgado em sua página no Facebook. Tomita estava com 84 anos. Não era muito conhecido pelo grande público do Ocidente, fora dos círculos musicais mais especializados. Foi ele um dos pioneiros na utilização mais ampla dos diversos sintetizadores portáteis (portáteis ao nível daquele época; antes um sintetizador ocupava uma sala inteira) desenvolvidos nos anos 1960, sobretudo o Moog Synthesizer. Em fins daquela década Tomita já criava trilhas sonoras "eletrônicas", termo que só seria popularizado muito tempo depois. Sua especialidade, além das criações de trilhas para filmes, era fazer adaptações "cibernéticas" de peças da música clássica, embora seu primeiro disco, de 1972, tenha se chamado "Switched on Rock: Electric Samurai". Costumo chamar suas adaptações de "Impressionismo Cósmico".

Amenidades em um época difícil

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Está difícil escrever neste momento. Falo em escrever sobre amenidades. Leves impressões sobre o nosso dia a dia, observações do cotidiano. Descrições de viagens, resenhas de filmes, discos, livros. Dicas sobre o bem-viver, análises superficiais de nossos aspectos morais, sociais...  caminhos que se abrem nas encruzilhadas do dia, do mês, do ano. Sobre o passar do tempo, sobre a natureza, sobre a labuta diária. Amizades, paixões, distâncias, saudades, reencontros, vivências, poesias, sonhos e planos. Observações urbanas, suburbanas, periféricas, rurais. Descrever sensações, sons, imagens, sabores, texturas, perfumes, beleza. Maio, outono, sol, chuva, vento, mar, luz. Do gosto de uma cerveja gelada ou de um café quente feito no coador de pano até complexas questões existenciais que podem ser simplificadas à sombra de uma árvore frutífera em flor. Sim, está difícil escrever sobre amenidades, como faria Rubem Braga em suas crônicas, que observavam de maneira simples e brilhan