O Sistema 333

Um belo dia alguém me falou que eu tenho um jeito eclético de me vestir.
Tomei como um elogio, mas tenho minhas dúvidas com relação à declaração a mim dirigida.
Particularmente acho muito difícil homens se vestirem "ecleticamente". Talvez artistas com sua liberdade poética e libertárias atitudes.
O raciocínio é simples: tomem como base as vestimentas disponíveis para o público feminino. Já entraram em alguma grande loja exclusiva de roupas para mulheres, incluindo bolsas e calçados?
É uma loucura em profusão.
Que bom para elas. Infelizes delas. Ter que escolher, ter que seguir os modismos, as cores da estação.
Nós homens temos o sistema que eu (de uma forma quase imbecil) chamo de "meia-besta".
Já explico este termo. Mas não sei se devo.
Temos três tipos de camisas ou blusas: a "T-Shirt" (ou camiseta), a camisa de botões e a blusa polo. Só. O resto são variações sobre estes mesmos temas. De manga comprida ou manga curta. De algodão ou tecido sintético. De cores e padronagens variadas.
Três tipos de calças compridas: Jeans, Social e um meio termo entre as duas.
Três tipos de calçados: Tênis, sapato social e "sapatênis" (odeio este termo mas é o que o pessoal tem usado). Também neste caso, as opções são em cima das variações. No caso do tênis, por exemplo, vai do fitness esportivo ao máximo ao street que beira o social.
Óbvio que estou falando do básico, do essencial, do dia a dia. Nada de citar ternos Armani, cardigãs, coletes, blazers, etc.
Temos assim a desvantagem de não ter tantas opções como as mulheres e a felicidade de não ter tantas opções como as mulheres.
Ah! Sim. O termo.
Viram que o sistema é 3-3-3?
Como tenho o objetivo de associar a pseudocrônica a alguma música, me lembrei deste número multiplicado por dois.
Inspirada pelo livro do Apocalipse a banda inglesa Iron Maiden fez "The Number of The Beast".
Obviamente que isso não tem nada de relação com moda, mas pelo menos consegui associar com o sistema de três tipos de modelo para cada peça de roupa masculina. Um desafio (um tanto quanto imbecil, conforme já assumi) superado.
Se não lhes disse nada os escritos, pelo menos a música, que fala das escrituras, pode ser interessante. O problema é se também odiar Heavy Metal. Aí sinto dizer-lhes que perderam alguns preciosos minutos neste blog.
De qualquer forma, em tempos natalinos, é sempre bom relembrar passagens bíblicas que nos alertam metaforicamente sobre possíveis eventos futuros (ou já presentes). A mensagem e o sentido estão aí. É entender e praticar.
E aí não importa que roupa se prefira usar.
E tem mais uma coisa: não aguento mais ouvir aquela mesma canção do John Lennon ("Happy Xmas - War is Over"). Não que não seja bela, mas é que são mais de 40 anos com a mesma trilha sonora!

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