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Mostrando postagens de abril, 2015

"Chão de Giz", o significado: meros devaneios tolos a me torturar

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Vocês conhecem o primeiro disco (oficial) do Zé Ramalho? É um dos que mais gosto da MPB, tanto que tenho ele nos três formatos: LP (vinil), CD e mp3. Escuto desde que foi lançado em 1978 e nunca enjoei de ouvir. Com excelentes arranjos, ótimas melodias e músicos incríveis (tem até a participação do lendário tecladista franco-suíço-apátrida Patrick Moraz, ex-Yes, que naqueles tempos estava casado com uma brasileira e não saía do Rio), é um álbum clássico. Para quem não se lembra é o que traz as músicas "Avohai", "Vila do Sossego", "Dança das Borboletas" e "Chão de Giz", entre outras. É dominado por músicas que tem letras que ninguém sabe muito bem o que significam. Extremamente enigmáticas. Herméticas. E ótimas! Não me perguntem porque acho isso. Também não saberia explicar. Esses enigmas talvez sejam um dos principais charmes das canções do cantor e compositor paraibano. A bem da verdade, ele mesmo já respondeu que é difícil explic

Convergência ao nosso "interior"

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Sabe aquelas coisas que você nunca leu mas acha que alguém já escreveu? Pois eu estou me lembrando de um texto (ou poesia) que tenho certeza li em algum lugar. Mas não tenho certeza. Ajudas para reavivar esta memória cambaleante são bem vindas. Seria mais ou menos assim: "No inverno sinto saudades do verão, no verão do inverno. Muito sol e a chuva me faz falta. Mas se chove muito, por onde andará o nosso querido sol? No litoral sinto falta da serra. Na serra, do mar." E por aí vai... Devo ter criado isso agora mas com certeza já li algo semelhante. É sobre isso ou aquilo. Sobre opções. Sobre saudades. Sobre tempo. O meu quintal não é muito grande. Durante longo período tive vegetação nele. Há alguns anos decidi retirar tudo e colocar um desses pisos decorados. Sobreviveu apenas uma palmeira de estimação. Única lembrança dos tempos verdes de meu pequeno quintal. Não tinha tempo de cuidar das plantas. Continuo um sujeito urbano. De apartamentos, ruas asfal

Sobre Abril, Outono, Poesia, Música, a Vida e o Tempo

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Mário Quintana em um ambiente que tem muito de sua simplicidade poética Hoje é primeiro de abril. Comenta-se naquela brincadeira que é o "dia da mentira". Deve ser tradição do Brasil interiorano, cada vez mais distante de nós, com as cidades crescendo sempre. Embora o outono comece no final de março, sempre penso nessa estação a partir deste mês de abril. Em abril os dias costumam ser mais claros, sem o ofuscamento do verão, as temperaturas mais amenas (bem, pelo menos era assim desde a minha infância, mas agora as coisas estão se modificando muito rapidamente) e o céu adquire um visual mais interessante, com as nuvens de chuva esparsas dividindo sua presença com o azul do céu que sempre se mostra em diversos pontos, ao longo do horizonte. É verdade que o dia amanheceu chuvoso em boa parte do sudeste, mas uma chuva mais para outono mesmo do que para verão. Vinícius & Toquinho cantaram este mês na música "As Flores de Abril".  Mas eu sou suspe