Domingo, 50º C

"Wind and Sun", óleo sobre tela, Laura Knight
A vantagem de vivenciar plenamente a sensação térmica de 50º C é que se o sujeito tiver o seu destino traçado (e fizer por onde) para passar a eternidade nos quintos já estará plenamente ambientado.
A que se invejar aqueles que - como este escriba - conseguiram tirar alguns dias de férias à beira-mar. Cerveja e praia de segunda à sexta é bem precioso nos últimos janeiros.
Mas não é suficiente. Atualmente mesmo no litoral e em altitudes menores que 600 metros, o ar-condicionado é o tesouro mais almejado por todos. Desde que não falte luz. E que se separe uma boa quantia para pagar a energia elétrica no fim do mês. Mesmo se o aparelho for do tipo split categoria A.
A cada ano os verões ficam mais insuportáveis Com isso as praias mais lotadas. E a cerveja menos gelada. Bares, restaurantes e quiosques não dão conta.
E ainda temos que conviver com o medo daquela súbita tempestade arrasa-quarteirão. E olha que eu adoro o verão.
Não adianta fazer aqui o meu discurso de aquecimento global. Todo mundo sabe. Os donos do mundo devem ter mansões à prova de calor e chuvas torrenciais. Mas não devem ter mansões à prova do fim do mundo.
Não é tão difícil ser apocalíptico quando o risco de se pegar uma desidratação / insolação ou deslizamento de terra e enchente ultrapassa determinado percentual de segurança.
E estamos na fronteira. Dados estatísticos mostram isso.
Fazer o que, além de nossas ações de auto-proteção e algumas poucas de proteção à mãe-terra?
Rezar por todos. E todos por um.
Por um verão a menos de 60º.
Por chuvas melhor distribuídas.
Por ventos refrescantes, não aniquilantes.
Por um chopp a no máximo 3º C naquele bar aconchegante à beira-mar.
Por férias cada vez mais longas tanto quanto forem os verões.
Para que a luz do sol esteja sempre presente em nossas vidas.
Capa do disco "Abbey Road" - talvez a mais famosa da história - Beatles, 1969
Obviamente o tema do post fala diretamente ao sol. O que me lembrou de "Here Comes The Sun" que o George Harrison compôs na casa do rival e amigo Eric Clapton, que acabou participando com solos de guitarra.
Por volta de 1969 Eric já estava apaixonado pela esposa de George, para a qual compôs a clássica "Layla".
Depois George se separa e Clapton casa com o objeto de seu desejo (na verdade a relação já havia começado bem antes). Isso nunca impediu a manutenção da grande amizade entre ambos. Mas esta é uma outra história. Agora, here comes the sun, inserida no monumental "Abbey Road".

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